terça-feira, 8 de agosto de 2017

Mudanças radicais no século 21 - é importante entender as mudanças

Mudanças radicais no século 21
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Estamos em tempos de mudanças radicais, se não por efeito de guerras, genocídios, inquisições, algo ainda rotineiro no século 20, além dos métodos antigos e caprichos da Natureza, acontecem em consequência de ajustes constantes (lineares) de padrões técnicos e pelas mudanças radicais (não lineares) que o mundo científico viabilizará em nossa vida cotidiana.
Alguns dirão que pior que tudo isso é o ser “humano, demasiadamente humano” [1]. A verdade é que somos animais eventualmente racionais, quando o muito.
Com certeza o gigantismo da população humana produzindo lixo, gases, gastando e desperdiçando energia, ocupando espaços e penetrando em todos os cantos da Terra será fator quase inevitável de mudanças drásticas enquanto a política da avestruz prevalecer.
Loucos de plantão querem vinganças, poder, estátuas, medalhas, etc., resta saber em que livros e praças deixarão suas egolatrias registradas... Para a guerra inventaram a Internet[1].
E é também sobre os livros, blogs e YouTube a que devemos pensar, talvez porque eles são a esperança de racionalidade universal nesse planeta dominado por conveniências corporativas. Se estivéssemos usando o que a Tecnologia de registro e comunicação a favor do próximo, seja ele um cidadão ou uma nação, já teríamos padrões de geração e divulgação planetária de educação. Até tradutores automáticos estão disponíveis. Que uso fazem disso?
O mundo luminoso em todos os sentidos pode existir, considerando o que somos realmente?
Uma tremenda esperança nós tínhamos nos meios digitais de gravação e divulgação da cultura humana. Logo apareceram os interesses comerciais, vaidades, geopolíticas. A reação foi forte. O que apareceu em universidades foi transferido para empresas privadas, afinal custam caro e podem dar lucros imensos.
Agora as grandes empresas passaram ao ajuste técnico, comercial e jurídico sob pressões internacionais, mais ainda quando se revelaram instrumentos valiosos de terroristas, pregadores alucinados e competição com empresas de mídia locais. O papel vai voltar?
Precisaríamos de uma comissão composta por clones de Nostradamus para adivinhar o futuro...
É essencial, par e passo, aprofundar estudos e conceitos sobre o futuro. Ele afetara continuamente o mercado de trabalho, a comunicação, padrões de vida e poderá, esperamos que não, dizimar a espécie humana, afinal para isso não precisamos de foguetes e bombas, bastam alguns vírus novos e eficazes em computadores e no corpo humano, ou, quem sabe, um asteroide, onda eletromagnética, mudanças no sistema solar que já aconteceram e poderão se repetir.
Os religiosos falarão em crime e castigo, os céticos realistas dirão simplesmente que isso será natural.
O nosso desafio será minimizar as tragédias e saber viver.
Os mais vaidosos pensarão, como irão se lembrar de mim?
Os faraós desenvolveram técnicas de construção e estatuária que ajudarão os famosos abonados. Aliás, é fácil ver coisas semelhantes por aí.
Nas grandes potências tecnológicas cidades subterrâneas vão sendo construídas na esperança dos ratos saírem de suas tocas como super-homens. Hollywood fatura bons filmes e agradece.
A vida pode ser perversa ou maravilhosa em todas as escalas e no mínimo ela acaba, por bem ou por mal, tanto no coletivo quanto no individual.
O desafio enquanto nós, na forma que Heidegger [1] ensinou, é estarmos aí. Não é tã simples quanto a frase induz.
O que precisamos fazer para usar bem nosso tempo, memórias, sonhos, fantasias? É bom viver e, quem sabe, garantir uma continuidade gratificante em outra dimensão, paraíso etc. Para quem imagina cobranças, o negócio é não ir (ou voltar) para o inferno.

Cascaes
8.8.2017
[1]
F. Nietzsche, “Humano, demasiado Humano,” [Online]. Available: http://livros-e-filmes-especiais.blogspot.com.br/2012/01/humano-demasiado-humano.html.
[2]
M. Heidegger, Introdução à Filosofia, São Paulo: wmfmartinsfontes, 2009.












[1] Wikipédia em 8 de 08 de 2017 - A internet surgiu a partir de pesquisas militares no auge da Guerra Fria. Na década de 1960 (1969), quando dois blocos ideológicos e politicamente antagônicos exerciam enorme controle e influência no mundo, qualquer mecanismo, qualquer inovação, qualquer ferramenta nova poderia contribuir nessa disputa liderada pela União Soviética e pelos Estados Unidos: as duas superpotências compreendiam a eficácia e necessidade absoluta dos meios de comunicação. Nessa perspectiva, o governo dos Estados Unidos temia um ataque russo às bases militares. Um ataque poderia trazer a público informações sigilosas, tornando os EUA vulneráveis. Então foi idealizado um modelo de troca e compartilhamento de informações que permitisse a descentralização das mesmas. Assim, se o Pentágono fosse atingido, as informações armazenadas ali não estariam perdidas. Era preciso, portanto, criar uma rede, a ARPANET, criada pela ARPA, sigla para Advanced Research Projects Agency. Em 1962J. C. R. Licklider, do Instituto Tecnológico de Massachusetts (MIT), já falava em termos da criação de uma Rede Intergalática de Computadores(Intergalactic Computer Network, em inglês). A Internet também teve outros importantes atores que influenciaram o seu surgimento, dentre eles: os professores universitários (ex: Ken King), os estudantes/investigadores (ex.: Vint Cerf), as empresas de tecnologia (ex.: IBM) e alguns políticos norte-americanos (ex.: Al Gore); caindo-se, portanto, a tese que vigorava anteriormente que enfatizava somente a vertente militar da sua criação. [1]

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