segunda-feira, 28 de dezembro de 2015

A grandeza da amizade


A grandeza da amizade traduz
M uito entusiamo e  sintonia
I nspirando alegria  nos induz
G enerosidade  e harmonia
O stentando  enseja a Luz!.. 



Celso Portgal

quinta-feira, 24 de dezembro de 2015

Uma força maior

hamilton bonat

17:39 (Há 20 horas)
para
Caras(os) amigas(as),
A agência dos correios, aqui em Curitiba, onde posto os meus livros aos que solicitam, foi assaltada pela quinta vez em menos de seis meses.
Por isso, resolvi escrever "Uma força maior", texto que está no meu blog. Espero que gostem.
Aproveito para agradecer aos que me prestigiaram durante este ano que finda e desejar a todos um Feliz Natal e, apesar de tudo, um ótimo 2016.
Grande abraço. Bonat (Hamilton)

 
Para acessar, clique em:  www.bonat.com.br

quarta-feira, 23 de dezembro de 2015

"Velho Pássaro".

Prezada Anita,
Embarcando na poética da Janske, arrisco (e me perdoe a audácia) brincar de fazer versos:

O velho pássaro cansado,
Contempla o céu infinito,
E em saudade embriagado
Olha as velhas asas, aflito.

Sim, na amplidão do espaço,
Planar em voos livres e lindos,
Mas, qual!, o céu já se fez baço
E o tempo já se fez findo.

Saída rápida de cena – vupt!

Forte abraço,
Joaquim

domingo, 20 de dezembro de 2015

sábado, 19 de dezembro de 2015

Curitiba dos meus ais...

Curitiba dos meus ais...
Das ruas esfumaçadas,
Das verdes ruas encantadas
Que sempre se quer ver mais.

Curitiba da cultura
Das casas antigas e umbrais
Tão cheias de lembranças
Histórias e ancestrais

Cidade da dor da saudade
Daqueles que de outra cidade
Trazem guardada a lembrança
E te adotaram com esperança
Em busca de nova verdade.

Cidade das ruas binômias
Que fazem perder qualquer um
Do centro cheio de sons
E bairros de calmaria
Quando por ti ando e vejo
Seguro forte os segredos
Que adquiri por aqui.

És centro do que não é centro
Capital do meio do caminho
Onde ando sozinho
Pensando longe e aqui

Cidade dos meus pequenos
Onde lutei e vivi
Cidade de alguns amores
Que aqui esqueci.

Curitiba dos meus ais...
E da minha pura alegria
Cidade tão quente e fria
Eu não te esqueço, jamais...

........................

Curitiba, 17/12/15


Alberto

sexta-feira, 18 de dezembro de 2015

Sonhos de banana

Sonhos de banana
Cardoso Filho
Curitiba, anos 1960, rua Marechal Floriano, última quadra antes da Praça Tiradentes, lado esquerdo de quem sobe, logo após a esquina com a XV de Novembro. Havia ali uma lanchonete, ao lado de uma agência bancária que talvez fosse do extinto Banco da Lavoura de Minas Gerais (nessa agência, certa noite, um funcionário ainda moço, descendente de japoneses, batido por algum desgosto invencível e insuportável, meteu um tiro na cabeça, bem atrás da orelha direita. Removido o corpo ao Instituto Médico Legal, fomos até lá em pequeno grupo de curiosos, sob o comando de Noel Cândido da Moraes, na época escrivão de polícia, para assistir à necropsia. Desisti do intento ao contemplar a pequena serra elétrica circular que seria utilizada para abrir o crânio do morto. O estômago embrulhou-me. Fui para fora e fiquei a ouvir, sob um vitrô, o réeeeemmmm da serra fazendo o serviço. Nascia ali minha admiração pelos médicos legistas e seus auxiliares, e me pergunto como nasce essa vocação profissional. A propósito, Nelson Rodrigues contava, em uma de suas crônicas, a estória do moço que estudava medicina e, um dia, sem nenhuma explicação, abandonou a faculdade e foi ser barbeiro de necrotério, para desespero dos familiares. O resto não conto).
Logo após a agência do banco mineiro havia a modesta lanchonete Arlequim, de propriedade do seu Roda. Encontrávamos lá sonhos de banana, que apreciávamos comer acompanhados de um copo de vitamina de morango, fruta que ela não continha, substituída com sucesso visual por beterraba. Ao nos aproximarmos da entrada da lanchonete, ainda na calçada, Alberto Andrade punha as mãos sobre a boca, a imitar um microfone, e bradava: “Desce um sonho de banana!”. A cena divertia o proprietário. Éramos amigos da casa, de amizade feita em torno dos sonhos com vitamina de morango. A lembrança remota agitou-se do sono profundo em que jazia, tocada pelo sonho de banana que comprei há pouco na panificadora da esquina.
As idas noturnas à lanchonete Arlequim, com o dinheirinho contado em nossos bolsos de estudantes vindo do interior e empregos de salários magros, em busca de lanche mais em conta, fizeram parte de época algo difícil. O dinheiro curto limitava a quase nada os prazeres e divertimentos e contribuiu para que um sonho de banana com vitamina, ou vitamina com duas fatias de pizza, ou um filé de alcatra no Bar OK, ou um cachorro-quente, melhor ainda com linguiça no lugar da salsicha, comprado no carrinho do Gaúcho na boca da madrugada, tenham se tornado inesquecíveis. Coisas ligadas à vontade de comer, nem sempre bem atendida no comum daqueles dias. Éramos, então, moços entrando nos vinte anos, tendo à frente um horizonte sem fim em que cabiam todos os projetos e aspirações, e na amplidão do futuro flutuavam as promessas que aliviavam as aperturas. As esperanças nos empurravam para frente.
O caminho percorrido a partir dali nem sempre guardou o rumo pretendido. A gente põe e Deus dispõe, reza a sabedoria. Nem tudo se realizou e planos foram mudados. Algumas decisões revelaram-se equivocadas ou pouco apropriadas, outras foram boas, e muito aconteceu sem nos perguntar nada. Assim os dias seguiram, com imprevisões, acertos e erros, apenas que estes nos acompanham vida afora, na insistência da pergunta vã – e se tivesse sido diferente? Devaneios às vezes doídos como espinhos na carne.
Vejam, amigos, o que um singelo sonho de banana pode provocar.


Dezembro de 2014.

domingo, 13 de dezembro de 2015

Um belo coquetel - Pani em Casa

Homenagens e encerramento da Sessão Solene Comemorativa 76 anos ALJA

Discursos Especiais

Para lembrar

Novos Sócios Correspondentes

Ingresso de novos sócios à Academia de Letras José de Alencar

sexta-feira, 11 de dezembro de 2015

Centro de Letras do Paraná - 103 anos de existência - Sessão Magna

Prestação de Contas

Poetisa Adélia Wolmer

Novos associados ao Centro de Letras do Paraná

Novos sócios do Centro de Letras do Paraná

Sócio honorário do Centro de Letras do Estado do Paraná

Saudações - novos e veteranos

Agradecimento e lembranças especiais ao Centro de Letras do Estado do Paraná

Longa metragem - sessão solene da Academia de Letras José de Alencar em 10 de dezembro de 2015

Palavras emocionantes de uma longa vida dedicada ao Centro de Letras pela gestão do Dr. Luiz Renato Pedroso


terça-feira, 8 de dezembro de 2015

Vem Voar Comigo



  Para sua sensibilidade, eis mais um belo momento poético de Janske Niemann:


Se vieres comigo

falaremos do tempo que passa

da chuva que nos molhou

da saudade da infância

da magia do primeiro amor

mas nós não falaremos de amor:

falaremos só do tempo que passa


da chuva que nos molhou

da saudade da infância

 da magia e da infinita magia

quinta-feira, 3 de dezembro de 2015

A caixa de Pandora

A caixa de Pandora



Cardoso Filho

Cansada das más notícias que chegam pela televisão, jornais, revistas e internet, escreve-me uma amiga: “Bom é comprar um picolé gostoso e ir saboreá-lo num banco, olhando para as árvores”. A imagem é de uma paz encantadora, que nos remete ao picolé da infância e à praça dos namoros de outrora. Ela rem razão. O brasileiro é hoje um ser deprimido e angustiado, dividido entre a esperança e o desalento, ansiando pelo sossego do espírito.
Sejamos pela esperança. A propósito, a vitória da oposição na Argentina, com Maurício Macri eleito para presidente, pode sinalizar que novos ventos soprarão na América Latina e varrerão para o lixo da História o socialismo bolivariano gestado pelo Foro de São Paulo. Abracemos, pois, a esperança. E nos empenhemos na luta, em qualquer circunstância e de todos os modos possíveis e necessários, e não sei se me faço entender, pela ordem social e moralização do país. Sem corrupção política e sem invasões e depredações de propriedades privadas promovidas pelos ditos movimentos sociais, capa que tenta acobertar ações de transgressores da lei e da democracia.
Os acontecimentos desencadeados pela Operação Lava-Jato afirmam que o Brasil inicia uma mudança histórica, embora a resistência feroz dos criminosos. É inconcebível que, diante dos muitos delitos cometidos pelos governos petistas e seus aliados, o país não reaja e continue sendo o paraíso da corrupção; que os ladrões do dinheiro público sigam a agir do mesmo modo, assim que a poeira baixar, como desejam os canalhas agarrados ao que parecia ser nossa predestinação – o país da bandidagem impune dos homens de colarinhos brancos.
          A prisão preventiva do senador petista Delcídio do Amaral abriu novo e fatal buraco na defesa das gordas ratazanas. Delcídio é uma caixa de Pandora. Se resolver abrir o bico em delação premiada, e será idiota se não o fizer – imbecil o Lula já disse que ele é –, as instituições tremerão e figurões da república – Lula e Dilma incluídos – ruirão por completo. Ele, o senador, conhece o submundo da política, em que pululam as relações promíscuas envolvendo o estado, empresas estatais, grandes empreiteiras e parlamentares, feitas de negociatas e pixulecos. Transações criminosas que desviam bilhões de reais de dinheiro público para partidos políticos e bolsos dos ladrões.
Pois bem, preso o senador por autorização do Supremo Tribunal Federal, a medida foi encaminhada à apreciação do Senado Federal, que detém poder para relaxar ou manter a prisão preventiva de seus membros, segundo preceito constitucional. No Senado, vários parlamentares, a exemplo do presidente da Casa, Renan Calheiros, queriam o voto secreto para decidir a respeito, modo perfeito para os pulhas votarem contrariando a moralidade, sem necessidade de oferecer satisfação aos eleitores. Todavia, a forte pressão popular exercida por meio das redes sociais fez prevalecer a escolha pelo voto aberto. Sem a escuridão protetora do escrutínio secreto, mesmo os senadores eventualmente dispostos a votar pelo relaxamento da prisão viram-se forçados a abrir mão do corporativismo e conveniências outras (com exceção de treze) e mantiveram a prisão do senador, como a decência e o decoro exigiam. O episódio ressalta a importância da internet no processo das decisões políticas, ao oferecer ao cidadão poderoso meio de manifestar suas opiniões e cobrar condutas, ao contrário do voto, que silencia, que morre após depositado na urna, e o instinto de sobrevivência dos homens público sabe que é vital ouvir e entender o clamor dos eleitores.
Encerrava o texto quando estourou a notícia de que o presidente da Câmara Federal, deputado Eduardo Cunha, acolheu o pedido de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff, impetrado pelos advogados Hélio Bicudo, Miguel Reale Júnior e Janaina Conceição Paschoal. É mais uma pavorosa aflição para um governo agonizante, cuja enfermidade ele próprio gerou com sua terrível incompetência administrativa e transgressões morais. Na verdade, o governo de Dilma Rousseff já é um cadáver. Falta só fechar a tampa do caixão.


Dezembro de 2015.

GRATIDÃO OS HEROIS DA PANDEMIA