sábado, 13 de junho de 2015

SONETOS DE UM BRASILEIRO

Adriano PIRES RIBAS

Anexos12:53 (Há 4 horas)
para Cco:mim


421. NOSSO RECADO
para o dia dos namorados
de Maria e Adriano
Data 12 Jun 2015

Entendemos,  a esposa e eu, que a melhor maneira de cumprimentarmos pessoas de nossas relações, parentes, amigos e conhecidos neste dia tão comentado, é lhes contando algo muito pessoal, atualizado com um complemento. Assim, com nossos votos de plena de saúde e continuados sucessos em seus próprios relacionamentos, abençoados por Deus, recebam em sua família estas rimas brotadas do íntimo deste inquieto coração caipira.
Da parte de Maria e Adriano,
SESSENTA ANOS

Foi assim que começou nosso apego:
- Que quer dizer este “PE” aqui.
- Diz que eu estou procurando emprego.
Foi o que então lhe respondi.

Tarde de sol, é domingo, eu soldado
Em guarda, sentinela no “QG”,
Quando um cinema ficou marcado
Para a tarde de quinta-feira se

Até lá uma missão não surgisse.
Quinta cheguei a paisano, enfatuado,
Vistoso com paletó emprestado.

Graciosa, recebeu-me e só aí me disse:
- Esperemos, minha mãe vai também.
Quão desapontado fiquei. Mas quem...

Desse cinema resultam 60 anos de vida comum, duas filhas, dois filhos, duas netas e três netos, ela, filhos, filhas, netos e netas, todos muito queridos!

DOMINGO

Domingo de manhã ela chega
Lenta, e se aproxima de mansinho,
Dá-me a mão num bom dia, e me beija
Com seus lábios plenos de carinho.

Abraço-a ternamente e sinto
A fragrância do seu “biografia”.
Perfumes, gosto nada não minto.
Este, nela, exala alegria e

Um ar de felicidade viça,
Vem retemperada, vem da missa.
Chega de sua conversa com Deus

Pronta, animada para honrar
Convite aos filhos para almoçar,
E acarinhar os netinhos seus.

Ocorreu-me  em um domingo, assim que ela chegou da igreja...

QUERIDA MARIA

Não foi possível me conter
E levantei de madrugada a
Catar um lápis, escrever:
Quero-a tanto minha amada.

Sessenta anos casado
Com esta mulher mui formosa.
Na luta pela vida temperada,
Mulher linda, maravilhosa.

Há tanto tempo, foi outrora,
E me parece que só agora
Lhe dou  merecido valor.

Tantas vezes eu a magoei.
Por isso me penitenciei
E só quero lhe dar amor.

QUANTO A AMO

De eu acordar é a hora,
Hor’em que fico a pensar
Se quedo em silêncio,
Ou venho aqui contar:

Meia noite, justo agora
Eu nem sei que fazer.
Se em silêncio ficar,
Se aqui lhes vir dizer:

Beijando-a sem cessar,
Outros sessenta anos
Só com ela quero ficar.

Acarinhando-a com prazer,
Outros sessenta anos
Só com ela quero viver.


Este, com rimas  paupérrimas, talvez eu consiga melhorar, surgiu em madrugada recente. Ocorreu-me às primeiras horas do dia 28 Dez 2013.  Para ela certamente ainda não o último.
ÚLTIMO SONETO

Pensando em nossos sessenta anos
Mesmo levando  pequenas cicatrizes
Podemos dizer a filhos e netos, ufanos,
Nós sonhamos, fomos e somos felizes.

Gostaria muito, muito, de criar uma canção,
Não dois pares de versos pobres,  banais.
Mas singela melodia que tocasse seu coração,
Algo que a levasse a dizer, você é demais!

Dizendo  ao mundo quanto nos alegramos
Com as filhas e filhos que tanto amamos,
Aos quais devotamos respeito e carinho.

E outro tanto com os que deles vieram
Belas e belos, robustos e ativos netos,
Maravilhoso, inteligente e ativo quinteto.

Estão todos em meu livrinho SONETOS DE UM BRASILEIRO (3ª. edição), disponível nas Livrarias Curitiba e associadas, nas Livrarias do Chain e na Editora Íthala(editora@ithala.com.br)   

Nenhum comentário:

Postar um comentário

GRATIDÃO OS HEROIS DA PANDEMIA