sexta-feira, 24 de abril de 2015

Acróstico em Verso em homenagem ao Dr. João Carlos Cascaes

Celso Portugal




Date: Fri, 24 Apr 2015 20:04:58 +0300

C idade divina de Portugal resulta sintonia
A lém do sol e o mar  dizem igual
S  entindo calor ao pensar na academia
C ascaes  assim traduz  em nosso rol
A legria,  buscando sempre harmonia
E levando à cultura numa razão total
S ubitamente a raiz forte da energia!..

Celso Portugal
Celso Portugal
22:36 (Há 52 minutos)
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Assim achei que ficou melhor!
Desculpe a liberdade Celso


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Subject: FW: Acróstico em Verso em homenagem ao Dr. João Carlos Cascaes
Date: Fri, 24 Apr 2015 20:33:23 +0300
C entro Real de Portugal resulta sintonia

A lém do sol e o mar  dizem igual
S  entindo calor ao pensar na academia
C ascaes  assim traduz  em nosso rol
A legria,  buscando sempre harmonia
E levando à cultura numa razão total
S ubitamente a raiz forte da energia!..



Celso Portugal

quinta-feira, 23 de abril de 2015

Precisamos do ar rarefeito da poesia

Assunto: Fernando Pessoa.


No mundo poético
Não há hipocrisia,
Há somente pureza.

É a musa inspiradora
Cantando a alegria
E a tristeza

Celso Portugal






Para os dias de turbulência atual,
a poesia é um bálsamo!
Martha


Nem só de matéria vivemos. Precisamos do ar rarefeito da poesia.
Maria Lucia

Voto de pesar - família Schlenker

Com pesar, informo o falecimento do esposo de nossa querida poetisa Janske Niemann Schlenker.

O velório será a partir das 8 horas de amanhã (22/04) e às 11 horas, o corpo será cremado.

Endereço: Avenida Maringá, 3379 -  CREMATÓRIO METROPOLITAN - PINHAIS/PR

Fone da Janske: Tres dois meia dois, meia quatro oito oito.


Atenciosamente,

Paulo Walbach Prestes.

To: janske33@gmail.com
Date: Wed, 22 Apr 2015 23:43:27 +0000
Subject: Voto de pesar
From: ...
CC:...


Querida amiga.

É grande nossa tristeza pelo falecimento de teu esposo, a quem conhecemos nas lides comerciais da Casa do Couro. Sabemos que seu estado de saúde já havia algum tempo que inspirava cuidados, mas era normal esperar-se que o quadro se revertesse e tudo voltasse à normalidade. Infelizmente isto não ocorreu e agora estamos nós a pensar em ti, na falta que fará teu companheiro por mais de cinquenta anos, e em como passarás a encarar esse futuro diferente que se abre à tua frente, na companhia dos teus filhos. Gostaríamos que soubesses que estamos solidários contigo na tua dor e sempre prontos para te acolher com ternura e carinho.
A Academia José de Alencar é apenas mais uma entidade cultural que frequentas assiduamente. O que realmente conta não é a instituição, passageira como todos nós o somos nesta vida, mas as pessoas que a compõem, todos teus confrades nas letras, mas, principalmente, amigos de coração. Esperamos que tenhas resignação e coragem para seguir em frente. Compete a Deus o destino dos pobres seres humanos. Resta-nos apenas aceitar seus desígnios e continuar nossa caminhada, na esperança de que, assim como o teu companheiro,  possamos também ser abençoados quando chegar o nosso momento, rodeados por uma família que nos ame.

Aceite, amiga, nosso mais sincero voto de pesar.

Arioswaldo, Yara, e todos o teus amigos da ALJA.

quinta-feira, 16 de abril de 2015

O Sótão

O sótão


Cardoso Filho

          Tenho medo daquele sótão.
          Começou no final de uma tarde antiga. Era verão, e fui ao sótão para apanhar um pouco de brisa que me refrescasse. Havia lá dois quartos, um com janela dando para a rua e o outro, com janela para os fundos da casa, e suas portas se abriam uma de frente para a outra; entre as portas, estendia-se longa e estreita escada de madeira que mergulhava num buraco escuro se a porta que a ela dava acesso, no piso térreo, estivesse fechada, e então se precisava acender a pequena lâmpada que pendia do teto de forro paulista. Íngreme de tal modo que os idosos da casa jamais se aventuravam a subi-la. Abertas janelas e portas, uma corrente de ar costumava percorrer os quartos e ajudava a mitigar o calor do setentrião.
          Deitei-me numa das camas do quarto da frente e relaxei esperando que a brisa soprasse, mas o ar parado, mormacento, oprimia a tarde e o cômodo. Fui até a janela e espiei as árvores próximas. Natureza imóvel, nenhuma folha se agitava, e o céu gordo de nuvens escuras se fechando por cima. Não demoraria a chuva trazendo alívio. Foi nesse instante que voltei os olhos para dentro do quarto e vi. Uma folha de papel, pousada sobre a mesinha de cabeceira, estremeceu. Ora, não havia vento para isso. Ocorreu-me que se tratasse de ilusão dos olhos. Não poderia ter acontecido. Tornei a mirar a rua, as árvores e o céu; depois, volvi a vista para o papel sobre a mesinha. Ele mexeu-se levemente, como se tocado por breve aragem. Nessa altura, também estremeci. O acontecido não tinha explicação razoável. Repeti a experiência, mas então o papel permaneceu imóvel. O fato era demais intrigante e me angustiou. Teria acontecido ou fora imaginação? Se real, estaria diante do insólito, do inexplicável, e não desejava isso de nenhum modo, Deus me livrasse, queria era permanecer fincado firme no mundo das coisas tangíveis e entendíveis. Se não fosse, seria pior – estaria vendo demais, alucinando, criando coisas na mente, variando da cabeça.
          Deixei apressado o quarto, desci a escada e fui para fora da casa, em busca de arejar o cérebro. Não comentei o caso com ninguém, e nem saberia o que contar. Tentava antes entender o sucedido, como se isso fosse possível, e nessa perturbação de espírito consumi o restinho da tarde e ingressei na noite. Chegada a hora de me deitar, subi para o sótão preso pelo medo, mas sem escolha. Tinha de enfrentar a situação. Naquele tempo, só eu ocupava o sótão, de modo que constituía ali uma presença solitária. Até então, a solidão fora boa, pois me permitia fumar escondido, à beira de uma das janelas, sem a preocupação de ser surpreendido. E nas noites estreladas, e nas noites de luar, a janela que se abria para a rua funcionava-me como privilegiado e exclusivo observatório do espaço sem fim, e, ali, debruçado, eu vagava em sonhos. Mas, agora, um mistério profundo como a vastidão sideral me atormentava, e estar sozinho me enchia de temor. Era a solidão envolta pelas sombras do sem explicação.
          As noites passaram a ser assustadoras, feitas da expectativa que eu não sabia do quê. Desejava com toda a força do pensamento que nada acontecesse além das coisas compreensíveis, como o vento real que podia agitar papéis e cortinas, ou um risco luminoso no céu noturno acompanhado pela visão através do recorte da janela. Agravava que a casa era antiga, e as casas velhas têm memórias retidas em suas alvenarias e madeiramentos. Seriam essas memórias que estariam a se agitar? E por que o fariam? O que teria eu a ver com tal possibilidade, insensata à razão fria? E quando apagava a luz, a escuridão aguçava meus sentidos e eu me punha na busca insana de sentir ou ouvir algo, ao mesmo tempo em que rogava que nada sentisse ou ouvisse. Era atormentador. E se algum estalido quebrava o silêncio, e sempre havia, vindo provavelmente da madeira de algum móvel ou das paredes, meu corpo estremecia e se arrepiava. No seguir das noites, passei a pressentir algo no quarto. Não via, não ouvia, não sentia cheiro, mas alguma coisa indefinível, inexplicável, pairava no ar. Socorria-me, então, a ideia de que podia ser apenas o medo produzindo-me alucinação. Mas podia que não fosse, era o pensamento seguinte, e entre um e outro oscilava minha mente atribulada.
          A folha de papel estremecendo sobre a mesinha de cabeceira, sem nenhuma causa aparente, permaneceu em mim pelos anos afora, a desafiar o raciocínio. Muito depois, a casa foi demolida e levou consigo o enigma que me assombrou. Mas o velho sótão desaparecido continua vivo em minha memória e o medo entranhado de voltar a ele não morre.


Janeiro de 2015.

Aprendendo a pensar



Exercitando o cérebro e aprendendo – círculo de debates e tolerância

Aprendi com meu pai (Pedro Cascaes) a arte do diálogo livre, calmo e sem ofensas. Ele foi meu grande mestre sem agregar a suas colocações qualquer rótulo ou chavão. Infelizmente faleceu em 1966, que falta fez...
Passei no vestibular em Itajubá, o IEI (1), o que era o sonho dele (eletricista e filho de eletricista (João Cascaes)), talvez na esperança de um dia eu voltar e continuar seu principal trabalho, cuidar da família partindo da lojinha de material elétrico que ele tinha em Blumenau (Instaladora de Blumenau). Se estivesse vivo quando me formei provavelmente essa seria uma opção tentadora, mas eu queria fazer minha vida, na época já casado e com uma esposa e filha muito queridas. Minha irmã (Sônia Maria) comandava com sucesso o que assumira ainda estudante de Direito...
Itajubá, no sul de Minas Gerais, tinha o privilégio de ser a cidade do Instituto de Engenharia de Itajubá, que antes de 1968 foi transformada em Escola Federal de Itajubá (EFEI) para depois submergir entre muitas faculdades da UNIFEI. Era considerada uma das melhores entre as muito poucas fábricas de engenheiros eletromecânicos, dividida ao longo da década de sessenta entre Eletrotécnica e Mecânica, mas chegando a 1968 (quando concluí meu curso e comecei a trabalhar na Copel, sem esperar o diploma que só foi entregue após os exames para aqueles que ficaram em segunda época no início de 1969) praticamente formando engenheiros eletromecânicos, um curso pouco diferente do original. Logo que pude vim para casa (Blumenau) para assistir a formatura de minha irmã Sônia Maria em Florianópolis e em seguida me apresentei em Curitiba para garantir um salário que simplesmente era indispensável... O salário atrasou um mês e assim passei meu primeiro Natal e Ano Novo em Maringá, a centenas de quilômetros de minha esposa e filha. Valeu pois aprendia técnicas e problemas de uma usina diesel com alguns desafios operacionais, além de mais uma vez exercitar um caráter que precisou de muitos anos para se consolidar (alguns têm a felicidade de nascerem “perfeitos”, não era o meu caso).
Em Itajubá deixei de ser criança. Lá perdi o primeiro vestibular numa sequência de exames que praticamente tinha superado, derrubado por três partidas de canastra real (5 mil pontos cada uma) na manhã da prova que eu melhor saberia superar, esqueci até a fórmula da circunferência do círculo à tarde diante de questões simples. Graças a isso fui passar uns dias na Cidade do Rio de Janeiro com a Sônia Maria em casa de uma tia e depois meus pais, apertando o orçamento familiar, mandaram-me fazer um “cursinho” em São Paulo, o Di Tullio (2), onde entre as aulas jogávamos pedaços de giz na cabeça de quem passava pela calçada em frente do prédio em que estávamos na Rua Conde de Sarzedas...
Terminei o ano sem muita convicção do que pretendia ser e assim me inscrevi em cinco vestibulares, mais uma vez assustando meus pais pois as cópias dos documentos necessários para inscrição eram caras... sonhava em ser piloto da FAB mas antes de qualquer coisa era fundamental atender quem me patrocinava no sentido lato da palavra.
Passei no IEI e do alto da elevação onde o Hotel Glória me hospedava fiquei pensando se ficava alegre ou triste, deveria residir em uma cidade muito pequena e longe de Blumenau, Florianópolis e Laguna (cidades onde tinha minhas raízes).
O povo de Itajubá foi uma revelação extremamente positiva, principalmente pela qualidade intelectual cultural, comportamental, com destaque para a tolerância aos jovens que lá chegavam para estudar. Que paraíso que fui compreendendo aos poucos, principalmente uma década tão complexa quanto aquela.
1964 foi o ano da revolução, golpe, quartelada ou o que historiadores e especialistas queiram dizer, um ano muito diferente daqueles em que a República foi proclamada e registros confiáveis e romances tão bons quanto o Guerra no Fim do Mundo de Mário Vargas Llosa descrevem o que aconteceu à época... O povo brasileiro não gostou dos tempos da República “Café com Leite” e assim novas ditaduras aconteceram, ou melhor, sempre existiram. Pior ainda foi o desgaste financeiro, material, moral, desmontando sentimentos de unidade que exigiram tanto de nossos imperadores e levaram até ao Altar da Pátria as bandeiras de um país dividido, unido pela força do DIP e os porões e calabouços do período Vargas. A democracia após a Segunda Guerra (1945 a 1964) foi o resultado do modelo imposto pelos EUA, antes de mais nada.
Bem, após essa “introdução” vamos ao Círculo de Debates que eu e alguns amigos, entre eles três sargentos do Batalhão de Engenharia e dois padres, gradativamente aderindo, o Armando Moreira com excelente memória saberá dizer os nomes e detalhes melhores, formamos no quarto da República em que eu vivi quase três anos.
Que maravilha!
A regra desse grupo era simples, todos podiam fazer qualquer afirmação, ninguém podia se exaltar com ela, e todos deviam testar o que fora dito criando um ambiente de discussão extremamente agradável, pois o sectarismo e a agressividade não eram permitidos.  Aprendemos o valor da dúvida e quanto existia para estudar e aprender. Naquela época filósofos (3) extraordinários construíam a reação às certezas de ideologias assassinas.
Pessoalmente fortaleci conceitos que, entre muitos espaços, testei antes no Colégio Santo Antônio no intervalo de aulas com amigos confidentes e na saudosa Academia de Oratória Frei Mont’ Alverne [ (4), (5)] idealizada pelo Frei Odorico Durieux (6) .
Para minha felicidade, além disso, vivi cinco anos em Itajubá aprendendo a arte da tolerância e da fraternidade, qualidades típicas do que existe de melhor em Minas Gerais, principalmente naquela cidade universitária em que fiz Engenharia. Quanto ao Círculo de Debates vale um conselho, se é que isso funciona em ambientes tão oportunistas quanto os da Política, mas certamente válidos para escolas em qualquer nível, estimulem o debate e a liberdade de pensamento, fujam das certezas, elas são a matéria prima de quase todas as violências que a Humanidade enfrentou e parece agora turbinar de muitas maneiras.

Cascaes
16.4.2015

1. Cascaes, João Carlos. Imagens de Itajubá e da festa de 40 anos da turma formada em 1968 pela EFEI, IEI quando começamos. [Online] http://engenhariaitajuba1968historiaeimagens.blogspot.com.br/.
2. Passos, Santos. Di Tullio. Meu Bazar de Ideias. [Online] 20 de 8 de 2006. http://santospassos.blogspot.com.br/2006/08/di-tullio.html.
3. Cascaes, João Carlos. Procurando Saber, Entender, Aprender Filosofia, História e Sociologia - SEM CENSURA. [Online] http://querendo-entender-filosofia.blogspot.com.br/.
4. Academia de Oratória Mont’Alverne. Bom Jesus / Cultura. [Online] [Citado em: 16 de 4 de 2015.] http://www.bomjesus.br/cultura/projetos_exibir.vm?id=20641150.
5. Francisco do Monte Alverne. Eikipédia. [Online] http://pt.wikipedia.org/wiki/Francisco_do_Monte_Alverne.
6. Luz, Gervásio. O pensamento vivo de Frei Odorico - Um bem amado . Livros e Filmes Especiais. [Online] NOVA LETRA. http://livros-e-filmes-especiais.blogspot.com.br/2014/11/o-pensamento-vivo-de-frei-odorico-um.html.



quarta-feira, 15 de abril de 2015

sexta-feira, 10 de abril de 2015

O sucesso de nossa Confrade Dione Mara Souto da Rosa

Date: Wed, 8 Apr 2015 01:28:09 +0000

To:
Subject: 2 coletâneas em que fui selecionada

Querida Anita
Grata pela atenção e pôr colocar no blog.
Envio as capas dos dois concursos organizados pelo Ademir Pascale (nosso novo membro) em que que estou entre os selecionados. 
Abração,
Dione

quarta-feira, 8 de abril de 2015

Entre as Nuvens

dione mara souto da rosa

Anexos10:46 (Há 1 hora)

Caro confrade Cascaes
O post é o seguinte:
Lançado o ebook "Entre as Nuvens" (Fábrica de Ebooks):
Sinopse: Escritores muito imaginativos mergulham entre as ondas da fantasia e soltam a imaginação em contos criativos que farão o leitor sonhar e se desprender do mundo real. Uma coletânea de contos que apresenta a trajetória de personagens cativantes em mundos incríveis, escritos por escritores que farão você ficar “Entre as Nuvens”.
Coautores:
- Amauri Chicarelli
- Edmar Souza Júnior
- Dione Souto Rosa
- Washington Luis Lanfredi
- Misa Ferreira
Organização:
Ademir Pascale
Ebook gratuito para download nas versões Epub e PDF. Baixe já o seu:http://www.fabricadeebooks.com.br/entre_as_nuvens.html

Capa em anexo.
Gratíssima e qualquer dúvida estou à disposição,
Dione


segunda-feira, 6 de abril de 2015

Histórias do acervo MON em aberto. Francisco Souto Neto e o Banestado.




Publicado em 5 de abr de 2015
Em 3 de julho de 2014 o MON - Museu Oscar Niemeyer de Curitiba, popularmente conhecido como "Museu do Olho", inaugurou uma exposição com o acervo de arte do extinto Banestado (Banco do Estado do Paraná S.A.). Para tanto, entrevistou o advogado e jornalista Francisco Souto Neto, funcionário de carreira da instituição, que na qualidade de Assessor de Diretores e Presidentes, e Assessor para Assuntos de Cultura, criou o Programa de Cultura do Banestado para apoiar as artes plásticas, as letras (literatura), música, teatro e cinema. Com o fim do Banestado no ano 2000, o acervo ficou com o Banco Itaú, que o doou ao governo do Estado do Paraná. Numa exposição de longa duração, o MON está mostrando parte desse acervo e contando a sua história.

GRATIDÃO OS HEROIS DA PANDEMIA